Bíblia de Estudos e-Sword

quinta-feira, 13 de março de 2014

"Podem porque acreditam poder"

"Podem porque acreditam poder" (Possunt, quia posse videntur)...

Frase atribuída a Virgílio, alguns afirmam ter sido uma frase popular anteriormente conhecida dos gregos em um período de viagens marítimas ousadas, onde ainda não se havia navegado e se escrevera em algumas naus esta frase. Está mantida na obra do poeta romano Publius Vergilius Maro (71 a.C.-19 a.C.- Eneida Livro V, 231). Sua forma ainda mais popular é "querer é poder"...

No entanto muito tempo depois Denis Diderot (1713 - 1784) refez esta frase com a seguinte conotação:

"Podem ver e no entanto parece que não podem" (Possunt nec posse videntur)...

Estes argumentos utiliza em sua obra mais expoente ""Cartas sobre os cegos endereçada àqueles que enxergam"...

Sua jornada desde sua clausura entre os Jesuítas a partir dos 13 anos até o abandono total do tipo de vida religiosa...

Passa a adotar uma postura totalmente materialista e suas obras anunciam a centralidade humana e o império dos sentidos humanos e a negação de qualquer tipo de fé ou transcendência...

Esta redução humana encontra eco nas grandes revoluções humanas entre elas a Revolução Francesa com o ícone: " Liberté, Égalité, Fraternité" (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), foram demolidos todos os sustentáculos da sociedade francesa como o poder centralizado, a hierarquia dos monarcas, a aristocracia, a igreja católica, tudo foi demolido...

Assim todo o poder e todo o domínio e imposições que estavam sobre o povo, foram devastados e a nova visão de vida assume o poder devastando tanto quanto eram devastados...

De fato a máxima exposta por Diderot, denuncia a ele próprio bem como a maioria dos rumos humanos...

Os movimentos humanos em todas as áreas, estão sob as oscilações deste pêndulo, em algum momento o poder está nas mãos de uma certa ideologia que impera sobre tudo e sobre todos e em outro momento a oposição toma o poder para tão somente fazer a mesma coisa que anteriormente abominava...

A humanidade no entanto, mesmo diante desta clássica e crônica oscilação não altera em nada seu modo de operação, pois não admite absolutamente ser ensinada a viver a partir da AUTORIDADE do AUTOR de todas as coisas e da própria humanidade...

É evidente a facilidade com que a própria humanidade se cerca de seus próprios conselhos e neste sentido a imposição da ideologia prevista pelas obras de Diderot foram em frente e assumiram posições inalteradas...

O degladiar da humanidade se mantém tão somente para que seu sofrimento se mantenha e sob uma das mais irônicas marcas da falta de bom senso, continua permitindo-se manter soberana, utilizando sua autonomia e sua suto suficiência como superior condição acima do AUTOR do universo...

Na política, na filosofia, na religião, nas ciências, nas sociedades em geral a imperial bandeira da auto suficiência humana é a bandeira mais alta e por esta via a humanidade sucumbe...

Os processos imperiais humanos, desde os tempos dos domínios da religião sobre o Estado cujas manchas de sangue somente foram acrescidas pelas mesmas manchas de sangue quando os domínios apenas mudaram de donos, onde o Estado passa a estar no poder no lugar da religião...

E no entanto ao ser humano sempre parecerá que o diálogo com o AUTOR de todas as coisas e da própria humanidade não há lugar ou se isto existe, está no campo da religião que por hora está em baixa total na direção das nações ocidentais...

O conflito interno do ser humano que o coloca neste pêndulo por interesses tão somente particulares e pessoais de suas mais profundas e hediondas vontades de poder, domínio sobre o próximo, aquisição das maiores riquezas, é a mais evidente apresentação de sua morte...

Morte para com a REALIDADE REAL para a qual a humanidade deve existir como humanidade em sua identidade e direção eterna...

Mas para tal carece de ser orientada pelo ETERNO, pelo AUTOR de tudo e todos...

Esta aversão e rebelião tão aberta ao AUTOR de sua própria existência é tão explícita que a recusa assume a forma totalmente contrária, do antitético absoluto, do agnosticismo, do ateísmo...

O ateísmo dos ateus é a forma natural do ateísmo...

O ateísmo dos religiosos é um ateísmo mais refinado, pois está sob a maquiagem dos rituais, e dos sagrados, dos santificados, dos estabelecidos como representantes do deus que está em algum lugar...

A VOZ do AUTOR no entanto não podendo ser dissecada, catalogada, transformada em objeto estudado e conduzida aos armazenamentos humanos devidamente domesticada aos racionais de sua mentalidade, então A rejeita...

Passa a aceitar como voz do sagrado o eco das almas humanas nas formas religiosas que estas pessoas dão às suas crenças diversas...

Mas em meio a este deserto devastado de mortos para com a RELAÇÃO com o AUTOR, o AUTOR anda no meio destes cadáveres e semeia a SUA VOZ sobre as mentalidades humanas...

Este ato em que a VOZ DO AUTOR alcança a pessoa e gera em alguns a REALIDADE REAL e dos elementos estruturais essenciais que somente o ETERNO pode fazer gerar no ser, tornando estas pessoas em novas pessoas conforme os que recebem destes fenômenos e desta nova natureza, os faz um novo povo, uma nova humanidade...

Esta nova humanidade, novas pessoas, geradas em uma VIDA NOVA de qualidade ETERNA para a ETERNIDADE que se encontra com o homem novo, este passa a VIVER esta ETERNIDADE desde o volátil e fluído tempo, na consistência do ETERNO no que é ETERNO que agora faz parte dele mesmo...

Esta NOVA VIDA gera as condições para uma qualidade e condições e habilitações para a VIDA ETERNA, desde o tempo e o espaço e a história, impondo sobre este momento desde já uma nova qualidade de existir cujos parâmetros tocam o tempo, e sobre o tempo se mantém...

Estes elementos continuarão a tangenciar o fluído e volátil tempo, espaço, história, insistindo e insinuando sobre eles um novo estilo de vida de grandeza inigualável e incomparável, onde os mais básicos modos de existir serão vividos na dignidade, no significado, no sentido, no propósito para os quais foram os elementos feitos para serem conduzidos, mas estes pontos primários são apenas primários e anunciam pelo testemunho do próprio elemento tocado pela habilitação de quem foi habilitado para lidar na forma da real estrutura para a qual devem ser tocadas as coisas, apontam para a humanidade mas também aponta para o sentido correto e para a honra devida ao AUTOR de todas as coisas...

Um chamado consistente e constante se mantém por todo o tempo acima de todos os chamados humanos, religiosos, políticos, filosóficos, poéticos, artísticos...

O CHAMADO do ETERNO, do AUTOR de tudo e de todos por SUA VOZ para alcançar pessoas que sendo alcançadas sejam conduzidas a este estado de VIDA do ETERNO, uma VIDA ETERNA...

No entanto, dada a condição mortal do ser humano...

Talvez seja tarde para muitos... Mas... Talvez não seja tarde para alguns...

heber zenun, pastor e professor...

www.ekklesianascentedecristo.com.br

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